A Entidade Nacional para o Setor Energético, na sua qualidade de Entidade Central de Armazenagem portuguesa, tem assento como delegada nas reuniões dos grupos técnicos sobre questões de emergência (SEQ) e sobre o Mercado Petrolífero (SOM) da Agência Internacional de Energia (AIE), sendo que nos passados dias 17 e 18 de março tiveram lugar as sessões através de videoconferência.
Nestas reuniões que contaram com a participação de cerca de 100 delegados de todos os países membros da AIE, foram apresentados indicadores atualizados dos impactos que a crise pandémica teve no volume de oferta e procura mundial de petróleo e produtos petrolíferos, bem como foi ainda apresentado uma previsão até 2026 sobre a recuperação dos níveis de consumo nos quais não se espera uma estabilização imediata face ao cenário pré-covid, em que se vê um reforço da procura global a partir das economias emergentes mas em que no espaço europeu se estima uma pequena redução pois trata-se do bloco económico mais avançado no processo de eficiência e transição energética.
Outro dos temas muito importante apresentado e debatido no conjunto destas reuniões foi a relevância estratégica do objetivo de reforço da segurança energética, com a necessidade de encontrar novas soluções que diversifiquem as fontes de abastecimento, um incremento nos investimentos nas interligações transnacionais, com particular enfoque na segurança das infraestruturas (materiais e tecnológicas) e na importância central de serem desenvolvidos verdadeiros Planos de Segurança articulados com coordenação nacional e cooperação internacional.
A ENSE teve ocasião de apresentar alguns dos desenvolvimentos que foram introduzidos no seu Plano de Intervenção e Utilização de Reservas de Segurança para reforçar a sua capacidade de resposta num cenário de crise energética, mas também a preocupação que existe em testar estas soluções para garantir uma maior capacidade de resposta operacional do setor.