O avanço no âmbito da automação do setor energético, com a implantação de novas tecnologias, como inteligência artificial (IA), robótica, machine learning e a Internet das Coisas (IoT), entre outras, permitiram a possibilidade de operar grandes instalações, plantas e subestações de forma remota e centralizada, mas também aumentaram drasticamente a exposição das empresas a ameaças e os riscos de segurança cibernética.
Consequentemente, tem-se observado um aumento significativo de incidentes de segurança cibernética no setor elétrico, causando grande impacto para a sociedade. Ao invés, da aplicação de coimas, que poderão prejudicar ainda mais a reputação das empresas, já de si fragilizadas em virtude do ataque verificado, levando a paralisações parciais ou totais dos serviços, o caminho a percorrer terá de ser necessariamente, o da aposta na formação de todos os colaboradores, para que todos possam ser agentes de prevenção de ataques cibernéticos.
Perante as ameaças cibernéticas, as empresas do setor de energético, em todo o mundo, têm investido cada vez mais na segurança digital. Segundo a pesquisa Digital Trust Insights, para 2022, 69% das empresas do setor pretendiam aumentar o orçamento de cibersegurança.
Nos últimos três anos, A ENSE E.P.E. tem vindo a investir na transformação digital, nomeadamente na eliminação do papel e automação de tarefas que possam otimizar e simplificar o trabalho das equipas. Neste sentido, houve lugar também a uma remodelação completa do datacenter, melhorando, não só, a qualidade das instalações, como dotando-o de medidas preventivas contra incêndios, inundações, controlo de acessos e videovigilância.
A nossa aposta continuará a ser a do reforço na monitorização de sistemas, de modo a mitigar algumas falhas de segurança nas nossas aplicações, bem como a aposta na formação dos utilizadores internos da ENSE E.P.E. A proteção dos dispositivos utilizados pelos utilizadores, sejam eles computadores ou smartphones são um aspeto crucial da cibersegurança, afinal são eles que acidentalmente podem criar ameaças virtuais para a rede interna.