Em dezembro de 2021, o volume de vendas de combustíveis rodoviários nos postos de abastecimento retalhistas, a nível nacional, registou um acréscimo de +14,68%, relativamente ao mesmo período do ano anterior. Todos os combustíveis apresentaram um aumento entre os dois períodos com a exceção da gasolina 98. A variação no consumo do gasóleo justificou 72,2% da variação total entre dezembro 2020 e dezembro 2021.
Vendas em Postos de Abastecimento (litros) | |||
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Produtos | Dezembro de 2020* | Dezembro de 2021 | Variação Homóloga |
Gasóleo Simples | 159 228 661,10 | 191 186 414,24 | 20,07% |
Gasóleo Aditivado | 112 010 378,05 | 117 914 975,27 | 5,27% |
Total de Gasóleo Rodoviário | 271 239 039,16 | 309 101 389,51 | 13,96% |
Gasolina Simples IO 95 | 56 009 745,59 | 69 014 341,93 | 23,22% |
Gasolina IO 95 Aditivada | 22 251 284,43 | 23 762 834,53 | 6,79% |
Gasolina IO 98 | 3 031 492,47 | 2 924 836,81 | -3,52% |
Gasolina IO 98 Aditivada | 4 659 014,24 | 4 840 257,08 | 3,89% |
Total de Gasolina Rodoviária | 85 951 536,73 | 100 542 270,35 | 16,98% |
Total de Vendas de Combustíveis Rodoviários | 357 190 575,89 | 409 643 659,86 | 14,68% |
*Para o mesmo universo de postos reportados
Fonte: ENSE, Balcão Único
Em média, entre novembro e dezembro, nos anos 2017, 2018 e 2019, registou-se um aumento de 6,8%. No entanto, no ano de 2021, a variação entre novembro e dezembro foi de apenas 0,6%. Assim, dezembro de 2021 registou uma quebra de -10,34% relativamente à média de 2017-2019, a maior quebra desde abril 2021 (-15,2%), que na nossa perspetiva se correlacionou com a disseminação da variante Ómicron da Covid-19, em Portugal. O gasóleo simples foi o combustível que mais contribuiu para o fraco aumento entre novembro e dezembro de 2021, com um decréscimo de -1,37%.
Considerando o período pré-pandémico (2019), registou-se uma ligeira queda do consumo no mês de dezembro 2021 (-0,9%), relativamente a dezembro 2019.
Estes valores de vendas para novembro revelam-se inferiores à média dos últimos três anos pré-pandémicos (2017-2019) para este mês, que se situa em 457 milhões de litros, sendo inferior em 47 milhões de litros em 2021.
No ano de 2021, as vendas de combustíveis líquidos totalizaram 4 761 milhões de litros o que contrasta com os 4 499 milhões de litros registados para o ano de 2020, o que representa um aumento de 5,82% entre os dois anos.
Para efeitos de comparação a média 2017-2019 foi de 5 335 milhões de litros, e a média dos últimos 5 anos (incluindo 2021) foi de 5 053 milhões de litros.
Fonte: ENSE, Balcão Único
Em média, foram vendidos 397 milhões de litros mensalmente no ano de 2021, mais cerca de 22 milhões de litros que a média de 2020.
Neste sentido, a recuperação anual no ano de 2021 ficou em 31,4% da queda registada em com a pandemia em 2020.
Os combustíveis simples continuam a sua tendência de crescimento. Em 2021 a gasolina 95 simples representou 67,5% das vendas totais de gasolina como consta no gráfico que segue.
Fonte: ENSE, Balcão Único
Note-se que a gasolina 95 simples representava 65,2% do total de vendas de gasolina em dezembro 2020.
Já no caso do gasóleo rodoviário a proporção do gasóleo simples aumentou de 58,7% em dezembro de 2020 para 62,2% no total do ano de 2021.
Analisando os tipos de postos de abastecimento e comparando com o período homólogo do ano anterior, verifica-se uma queda ligeira (-1,2%) na quota de mercado dos três maiores operadores em Portugal em favor de sobretudo dos hipermercados, que registaram um aumento de 1,5%.
Canal de Venda | Gasóleo | Gasolina | Total |
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3 Marcas mais vendidas | 52,04% | 54,71% | 52,58% |
Hipermercados | 18,69% | 20,75% | 19,44% |
Outros | 29,27% | 24,53% | 27,97% |
Fonte: ENSE, Balcão Único
Do período pré-pandémico (dezembro de 2019) para dezembro 2021, a venda de combustíveis simples aumentou tanto no gasóleo (+1,1%) como na gasolina (2%), invertendo a tendência verificada até 2019. As dinâmicas de mercado observadas entre os dois períodos também são interessantes: as três maiores marcas em Portugal perderam quota de mercado (-2,6%), sendo que no caso da gasolina, 93% da perda na quota de mercado foi em favor dos hipermercados.