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amarelo
Nível de Risco
Existência de indícios de possíveis problemas que possam afetar significativamente o sector petrolífero.A probabilidade de se tornar uma ameaça real é baixa, mas deverá existir uma monitorização contínua da situação.

Causes:
Devido aos problemas de fornecimento elétrico, a ENSE encontra-se a monitorizar os impactos no Setor Petrolífero Nacional.

Controlo da Qualidade dos Combustíveis – Avaliação relativa ao 1º Semestre de 2017

23/10/2017

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No âmbito do controlo da qualidade dos combustíveis rodoviários comercializados nos postos de abastecimento, a ENMC apresenta os resultados da avaliação relativa ao 1.º Semestre de 2017 relativamente à gasolina

A Gasolina

A qualidade da gasolina e o equilíbrio das suas propriedades são de extrema importância para o bom funcionamento do motor de qualquer veículo rodoviário movido a gasolina.

A sua qualidade não é mais do que uma combinação de propriedades, nomeadamente, Índice de octano (IO), tensão de vapor, destilação, teor de olefinas, teor de aromáticos, teor de benzeno, teor de oxigénio, compostos oxigenados, enxofre e chumbo. Se esta combinação de propriedades for adulterada verificam-se prejuízos tanto para os veículos como para o meio ambiente.

Seleção dos Postos de Abastecimento de Combustível

As regras do sistema de controlo da qualidade, dos combustíveis rodoviários (gasóleo e gasolina) definidas nas alíneas g) e i) do artigo 2º do Decreto-Lei nº 89/2008, de 30 de maio, na sua atual redação, são as estabelecidas em conformidade com a norma europeia EN 14274 – Método C – “Combustíveis rodoviários – Sistema de Monitorização da Qualidade dos Combustíveis (FQMS), comercializados nos postos de abastecimento”.

Colheita de Amostras

A colheita de amostras de combustíveis constitui um dos aspetos essenciais na monitorização da sua qualidade e que em território português é da responsabilidade da ENMC, EPE, desde o último quadrimestre de 2014.

A colheita de amostras é realizada, pelos inspetores da ENMC EPE, de acordo com o procedimento interno de colheita de amostras – PT 02 “Colheita de amostras de combustíveis líquidos” Edição 01 de 2016 e que tem como referências as normas, EN 14275: 2013 “Combustíveis rodoviários. Amostragem nos postos de combustível e em locais de distribuição a retalho” e a norma ASTM D 4057: 2012 “Colheita manual de petróleo e de produtos petrolíferos”.

Caracterização das Amostras

As amostras de gasolina foram entregues a laboratório acreditado em conformidade com a norma ISO/IEC 17025 – “Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração”, para caracterização físico-química após contrato de prestação de serviços estabelecido com a ENMC, EPE.

Parâmetros analisados e resultados obtidos

Na Tabela 1 e Tabela 2 estão representados os parâmetros analisados e respetivos valores máximos e mínimos obtidos e que evidenciam a qualidade da gasolina rodoviária comercializada nos postos de abastecimento.

Interpretação dos resultados e irregularidades detetadas

A avaliação, da qualidade da gasolina foi efetuada com recurso aos resultados constantes nos Relatórios de Análise, emitidos pelo laboratório, abrange o total de 210 amostras de gasolina, Euro Super (simples 95 IO e aditivada 95 IO) e Super plus (98 IO e aditivada 98 IO) e foi realizada de acordo com o descrito na norma EN ISO 4259- “Produtos petrolíferos -Determinação de dados de precisão em relação aos métodos de ensaio”.

Foram detetadas 4 irregularidades o que representa cerca de 2% do total (210) de amostras analisadas no 1º semestre de 2017, refletindo um número bastante reduzido de infrações e que reportam ao parâmetro “Tensão de vapor” em amostras de gasolina simples 95 (Tabela-1). Para os restantes parâmetros não se verificou qualquer incumprimento.

Os 4 valores irregulares observados referem-se a amostras colhidas nos meses de maio e de junho (época estival) em que para esta época do ano o valor máximo permitido é de 60 kPa.

Ainda em relação ao parâmetro Tensão de vapor:

Na Tabela 1- Os valores máximos observados 89,1 (gasolina simples 95 IO) e 89,5 kPa (gasolina aditivada 95 IO) correspondem a amostras colhidas de janeiro a abril de 2017 (meses em que o valor máximo admitido é de 90 kPa).

Na Tabela 2- Os valores máximos observados 79,7 (gasolina 98 IO) e 81,0 kPa (gasolina aditivada 98 IO) referem-se a amostras colhidas de janeiro a abril de 2017 (meses em que o valor máximo admitido é de 90 kPa).

O estudo da variação sazonal, dos valores da Tensão de vapor, mostra que as concentrações mais elevadas foram registadas nos meses mais frios (janeiro a abril). De salientar ainda o facto de que em substâncias como, enxofre, chumbo, benzeno e aditivos metálicos nomeadamente MMT (Tricarbonilo Metilciclopentadienilo de Manganês), que são adicionadas à gasolina com o objetivo de aumentar o seu rendimento, mas que são indesejáveis para a saúde das populações e para o meio ambiente, foram obtidos valores muito abaixo do valor máximo legislado.