Existência de indícios de possíveis problemas que possam afetar significativamente o sector petrolífero.A probabilidade de se tornar uma ameaça real é baixa, mas deverá existir uma monitorização contínua da situação.
Causes: Devido aos problemas de fornecimento elétrico, a ENSE encontra-se a monitorizar os impactos no Setor Petrolífero Nacional.
Existência de indícios de possíveis problemas que possam afetar significativamente o sector petrolífero.A probabilidade de se tornar uma ameaça real é baixa, mas deverá existir uma monitorização contínua da situação.
Causes: Devido aos problemas de fornecimento elétrico, a ENSE encontra-se a monitorizar os impactos no Setor Petrolífero Nacional.
O que os registos históricos nos mostram, é que o domínio da energia do vento está associado ao desenvolvimento das antigas civilizações, quer através da construção de frotas navais destinadas ao comércio, ou com objetivos bélicos; quer através do desenvolvimento de moinhos de vento para moagem de cereais, ou ainda mecanismos de elevação de água, que desenvolveu a agricultura no antigo Egito e na China. Foi a força dos ventos a fonte de energia que impulsionou as antigas caravelas portuguesas que deram a conhecer novos mundos e novas rotas comerciais.
Captada a atenção do leitor, vamos arriscar situar o primeiro aproveitamento da energia do vento para produzir energia elétrica (porque é este o objeto deste artigo) o ano de 1887, ano em que Charles F. Brush, um cientista norte-americano, investidor dos primórdios da indústria americana de eletricidade, construiu um dipositivo que, ainda hoje, é considerado a primeira turbina eólica para produção de eletricidade. Dispositivo que, à época, constituiu uma autêntica inovação técnica, na medida em que utilizava a energia eólica para carregar baterias que Charles Brush instalou na própria casa, e que gerou eletricidade em autoconsumo durante 20 anos [1] ,.
A Energia Eólica
A energia eólica, tal como foi idealizada ao longo da história da humanidade, utiliza a força do vento, que converte em energia cinética, posteriormente capaz de aproveitamento em processos de transformação ou conversão em força motriz. Esta é a definição mais simples que podemos encontrar, e a mais explícita para os nossos leitores.
O Recurso Eólico
Sendo a força vento um fenómeno físico de deslocação de massas de ar, originada nos desequilíbrios permanentes de pressão e temperatura, e ainda influenciada pela própria rotação e orografia do planeta (que provoca aquecimentos irregulares da superfície), entende-se o recurso eólico como:
a) “renovável”, porque se regenera naturalmente sem intervenção do homem.
b) “limpo”, porque é um recurso natural e o processo para a sua transformação não gera poluição;
c) “disponível”, em qualquer local do planeta (ainda que em diferentes regimes de intermitência);
A exploração do recurso eólico, sobre a forma de energia elétrica, foi especialmente dinamizada pela ocorrência de eventos ligados à escassez de abastecimento do petróleo (ex.: crises petrolíferas e preços de energia) e, mais recentemente, pelo desenvolvimento de uma consciência mundial sobre a necessidade de adotar comportamentos ambientalmente responsáveis.
Aproveitamento da Energia Eólica como fonte de Energia Elétrica
Como mencionado, o aproveitamento da fonte de energia eólica (energia primária) baseia-se na transformação da energia cinética do aproveitamento da força do vento. Para a captação do recurso eólico, as centrais de geração são tipicamente instaladas em zonas com grande densidade de vento, tipicamente caracterizadas por:
i. Zona de orografia montanhosa (parque onshore)
ii. Zona marítima em que o vento tem velocidade mais constantes (parque offshore)
Em regra, a transformação do recurso eólico é realizada em duas fases:
a) Transformação da força do vento em energia cinética – habitualmente, o vento é captado por sistema de hélice;
b) Conversão da energia mecânica em energia elétrica – a energia mecânica promovida pela rotação das hélices, é transmitida, através de um veio, a um gerador de energia elétrica, que produz eletricidade.
São estas as duas fases que se encontram num tradicional aerogerador (vulgarmente designado como torre eólica), que transforma o recurso vento em energia elétrica, podendo depois existir técnicas de otimização de produção de energia elétrica, como por exemplo:
a) Pitch das pás, que orienta o ângulo das pás para oferecer mais ou menos resistência ao vento;
b) Acompanhamento do eixo horizontal da máquina com a direção perpendicular do vento;
c) Caixa de velocidade, que otimizam e/ou estabilizam a velocidade de gerador, etc.
Para aumentar os níveis de produção, num determinado local, e face à limitação da potência de geração de energia, os aerogeradores são aglomerados em parques de geração que, através de uma subestação encaminham a energia gerada à rede elétrica nacional.
As Centrais Eólicas em Portugal
A implementação de centrais eólicas em Portugal, inicia-se ainda durante a década de 90, com introdução de legislação no sentido de constituir um sistema de produção independente (DL n.º 189/88). Porém, é principalmente com a introdução do DL n.º 172/2006 que despoletam o lançamento de processos concursais que alavancam um aglomerado industrial (cluster) e a instalação de parques de geração com elevada potência.
Atualmente, o maior parque eólico português, o Parque Eólico Alto Minho localiza-se em Viana do Castelo com 240 MW, e cerca de 120 aerogeradores, uma considerável potência, mesmo quando comparado com outros parques a nível mundial (à presente data, inclui-se no top 20 dos maiores parques).
Impactos
Ainda que a exploração do recurso eólico traga benefícios, quando comparado com tecnologias de geração através de processo térmicos (carvão, gasóleo, etc.), existe impactos que não devem ser desconsiderados. Um dos inconvenientes relacionados com a exploração do recurso são:
a) a poluição sonora, com eventuais impactos para pessoas ou animais, em regra identificados na fase de projeto;
b) a poluição visual, uma vez que é necessário introduzir um elemento não natural (o aerogerador) na paisagem;
c) a intermitência do recurso eólico, uma vez que nem sempre os regimes de vento são constantes, podendo ser intermitentes, levantando-se questões de segurança de abastecimento ou estabilidade da rede elétrica;
Como vantagens verificam-se, entre outras, as seguintes:
a) Não emissão de dióxido de carbono, durante o processo de transformação de energia;
b) Diminuição da dependência de recursos externos, uma vez que o recurso é endógeno ao país;
c) Recurso inesgotável;
d) Geração de emprego especializado (construção e manutenção).
Perspetivas Futuras
Verifica-se que atualmente, os locais ótimos para a captação de vento (locais onshore), já se encontram ocupados. Nesse sentido existe uma tendência para a substituição das máquinas ou parques existentes. Também se verifica que existe uma forte pressão ambiental para não instalação de aerogeradores onshore, para que garantam a diminuição de impactos.
Porém a instalação de turbinas offshore (ao largo) configura-se como uma solução que tem vindo a ser explorada, sendo que no caso português se tem vindo a explorar a tecnologias flutuantes, dado que o leito oceânico não permite a fixação diretamente ao solo.
De qualquer forma o aproveitamento desta fonte energética é algo incontornável nos dias de hoje e no futuro, uma vez que se verifica que os impactos negativos são inferiores aos proveitos para a sociedade e ambiente.
As Competências ENSE
Nos termos do art.º 3.º DL n.º 69/2018, a ENSE tem competências no âmbito da fiscalização da atividade de produção de energia elétrica, tendo esta entidade pública ao longo de 2020, e ainda que num período de excecionalidade, realizado ações de fiscalização a este tipo de central electroprodutora.
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