Foi hoje conhecida a situação insólita de um navio porta-contentores ter encalhado em pleno canal do Suez e estar neste momento a bloquear uma das mais importantes rotas de circulação marítima do mundo, com potenciais reflexos no transporte previsto de mercadorias, nomeadamente de petróleo e produtos petrolíferos provenientes do Oriente.
As autoridades estão já neste momento a desencadear operações para procurar resolver a situação, mas fruto da importância deste canal que garante a passagem de 10% do volume de comércio marítimo internacional, é natural que os mercados tenham reagido com alguma preocupação, sendo que as cotações internacionais de produtos petrolíferos reagiram imediatamente em alta com o petróleo Brent a valorizar-se mais de 5,2%, enquanto se procura perceber qual a extensão temporal desta interrupção e quais os efeitos que poderão gerar no transporte marítimo programado e no fornecimento de produtos fundamentais para o funcionamento das nossas sociedades.
Nesse sentido, a ENSE está a monitorizar a situação, procurando identificar algum eventual problema de fornecimento ao país que possa conduzir à necessidade de mobilizar as reservas estratégicas nacionais que, como sempre, esta entidade procura garantir a sua plena capacidade operacional de mobilização.